Em mais uma aula sobre os grandes escritores russos, mergulhamos no filme-teatro de Joe Wright, que abraçou a complexa missão de adaptar “Anna Karenina” para o cinema, criando uma obra majestosa. Além de conseguir transpor para a versão cinematográfica boa parte da complexidade narrativa do livro, o diretor, provando como a arte se retroalimenta, produz uma das cenas mais antológicas do cinema ao retratar o momento em que Anna e o conde Vrónski dançam como dois cisnes em um baile.
Analisando as técnicas narrativas de Liev Tolstói, focamos no recurso de repetição que aparece de forma notável em “Anna Karenina” e traçamos um paralelo com a forma como Edgar Allan Poe conduz “O corvo, seu poema mais célebre, utilizando um refrão como meio de imprimir intensidade e ritmo ao texto.