https://youtu.be/ETi9ywae6fk
Manuel Bandeira tinha urgência de viver. Uma condenação à morte precoce por conta da tuberculose, doença então sem cura conhecida, lhe impôs logo cedo o senso de finitude iminente e mudou de forma radical a trajetória de um jovem cheio de sonhos. A escrita se tornou refúgio e redenção, em poemas que se entrelaçam à melancolia, à dor e à tristeza, em que as lembranças se transmutam em libertação.
É assim em “Libertinagem”, em que o poeta, escrevendo da janela do apartamento na antiga rua do Curvelo, no bairro de Santa Teresa, Rio de Janeiro, usa as letras para traçar uma revolução particular, voltando no tempo até as ruas do Recife de sua infância e às paredes da casa do avô, uma de suas primeiras moradas e de onde começou a enxergar e entender o Mundo. O poeta é tema das três aulas de fevereiro do meu novo curso e a segunda delas acabou de entrar no ar.